Os prefeitos da Amrec bateram o martelo ontem e efetivaram o consórcio que vai permitir acordo com o Governo do Estado para as prefeituras assumirem a manutenção das rodovias estaduais. Isso não vai dar certo. Os municípios já não tem dinheiro para fazer a manutenção das suas rodovias, das suas estradas, rodovias, eios, logradouros e praças. Tem a promessa que o governo vai rear o dinheiro para a manutenção. Mas se o Estado vai rear o dinheiro, porque o Estado não faz o serviço? A partir do convênio assinado, o governo a adiante o assunto, a bomba da manutenção das rodovias. Quando for cobrado, vai lembrar, "isso não é mais conosco, é com a prefeitura". E vai rear recursos para as prefeituras quando tiver recursos para isso. Quando não tiver caixa, não rea e as prefeituras que se virem. E o Estado não tem caixa suficiente, com folga que ofereça segurança que os recursos serão reados todos os meses, religiosamente. Para os prefeitos que pretendem disputar reeleição, isso pode ser um complicador. Ano que vem, na boca da eleição, o contribuinte e eleitor pode estar batendo na porta para cobrar recuperação das rodovias.
A prefeitura de Criciúma, por exemplo, já estadualizou a Rodovia Jorge Lacerda pois não tinha dinheiro para fazer a sua manutenção. Agora vai pegar de volta? E do jeito que está? Esse acordo para o Governo do Estado é um ótimo negócio, mas só para o Governo do Estado. Os prefeitos estão assinando esse acordo pois não querem ficar mal com o governador. Mas não vai dar certo para os municípios e os usuários. Manutenção de rodovia estadual é com o governo estadual. Não dá para simplesmente municipalizar. Isso não é para ser municipalizado. Já fizeram, em outros tempos, a municipalização de obrigações do Estado e do Governo Federal com a educação. Municipalizaram os custos, os serviços, e não rearam mais dinheiro. E o pepino ficou com as prefeituras.
Eu não estou preocupado com a dor de cabeça dos prefeitos. Estou preocupado é com as rodovias por onde amos, que vão continuar sem manutenção. Estou preocupado com os problemas daqueles que precisam circular pelas rodovias para trabalhar, para ganhar o seu dinheiro, o seu sustento, e que vão continuar com rodovias esburacadas, sucateadas.