Domingo, 10 de setembro de 2017, próximo da 8 horas da manhã, uma labareda imensa surge do prédio do Centro Cultural Jorge Zanatta, desesperado chamo os Bombeiros... enquanto isso a uma retrospectiva... dos tempos do “Plano do Carvão” nos anos 50/60... criança e um prédio misterioso... sempre fechado. A Marilene, filha dos zeladores que moravam no local, trabalhava na Góes e Cia, então ia ear e brincar nos jardins clássicos do misterioso local. Era uma aventura. Foi utilizado pelo DNPM, CNP, depois Fundação Cultural de Criciúma. Em nossa gestão (2001-04), muitos eventos, sob comando de Ed Balod e equipe: Concorridas Exposições de Artes, Saraus, Arcos Culturais, Concertos, Oficinas de pintura, teatro e música. Encontros memoráveis. Vivenciamos muito esse agradável local, que transmitia tradição, cultura, integração entre as pessoas, entre os espaços internos e externos, cujo romantismo dos avarandados aliadas a vegetação do entorno, possibilitavam uma climatização natural. Um endereço que valorizava do espaço urbano... um dos poucos elementos históricos que ainda sobreviviam em Criciúma.
Lembro como prefeito e deputado da insistência com o Patrimônio da União para ar a propriedade ao município, os órgãos se disputando e nunca se chega a um desfecho.
A cultura de desvalorização do nosso patrimônio histórico deixou chegar a esse ponto. Espero que o incêndio de hoje sirva de alerta e promova uma sensibilização para preservarmos esse espaço, numa cidade tão carente de locais públicos.