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SC assina contrato de elaboração do Plano de Transição Energética Justa

Ato ocorreu na tarde desta terça-feira (3), em Criciúma

Por Davi Brabos Criciúma, 03/06/2025 - 17:52 Atualizado em 03/06/2025 - 17:56
Fotos: Davi Brabos/4oito
Fotos: Davi Brabos/4oito

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O estado de Santa Catarina assinou, na tarde desta terça-feira (3), o contrato com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), para a elaboração de um estudo para execução do Plano Estadual de Transição Energética Justa, que será iniciado pela região carbonífera do estado. Com um investimento de R$3,5 milhõs, o ato da aconteceu durante uma cerimônia na sede da Acic, em Criciúma, e reuniu lideranças políticas da região, a equipe da FGV e trabalhadores do setor.

Sem a presença do governador Jorginho Mello, que foi chamado de última hora para uma viagem internacional, ele foi representado pelo secretário de Estado do Meio Ambiente, Emerson Stein. "Nosso compromisso com o governo é elaborar o plano estadual de transição energética, só nos baseando em dados e evidências", explica o secretário, em seu discurso.

O plano foi de autoria do ex-secretário de Meio Ambiente, Ricardo Guidi, e foi apresentado em Criciúma em 2024, durante o projeto Santa Catarina 2050. "É uma agenda que busca alinhar infraestrutura, economia, meio ambiente e inovação. Preparando nosso Estado para os desafios e oportunidades de um mundo que já vive a transição para uma economia de baixo carbono", reforça Stein.

Próximos os

Ao Portal 4oito, o secretário já planeja o andamento dos estudos contratos. Segundo ele, até 2040, a maioria das empresas carboníferas serão fechadas na região. "O próximo o é o início desse trabalho que foi contratado pela FGV para a gente trabalhar a melhor maneira da energia ser implantada em todo o estado de Santa Catarina", revela.

Para o presidente da Acic, Franke Hobold, a transição é inevitável. "Nós temos muitos e muitos anos ainda de mineração, mas nós temos que nos preparar para este momento, porque ele vai aos poucos reduzindo e nós temos que nos preparar", avalia, em entrevista.

Questionado sobre o futuro dos trabalhadores do setor, ele conta que o estudo irá auxiliar com esta parte. "A gente quer que mantenha esses trabalhadores no trabalho, então é por isso que o estudo tem que ser realizado", aponta Stein. "Preparar essa mão de obra que hoje está envolvida na mineração, preparar eles para as outras atividades", conclui Hobold.

Para o presidente da Federação dos Mineiros, Geloir dos Santos, a transição energética vai ocasionar uma mudança no pensamento dos trabalhadores. "Não dá para deixar de questionar e reivindicar a aposentadoria especial dos mineiros. Se nós somos diferentes porque nós temos uma vida útil até 2040, então é justo que os trabalhadores mineiros também se preocupem em fazer uma discussão junto ao governo federal", diz, ao Portal 4oito.

O que é transição energética justa?

A transição energética justa (TEJ) é a mudança para fontes de energia mais sustentáveis, como energia solar e eólica, que também considera as implicações sociais, econômicas e ambientais dessa mudança, buscando garantir que ninguém seja deixado para trás no processo. 

O Plano Estadual de Transição Energética Justa, que será iniciado no Sul Catarinense, busca redefinir a matriz energética do estado até o ano de 2040. Com a , A FGV irá realizar um estudo de toda Santa Catarina, para guiar o estado, rumo a um futuro mais sustentável. A elaboração é uma exigência imposta pela lei que criou a Política Estadual de Transição Energética Justa, em 2022

O plano final será entregue até junho de 2026 e pretende servir de modelo nacional para políticas públicas de transição energética justa, respeitando o desenvolvimento regional e o meio ambiente. "A ideia é ter um modelo que na verdade sirva para Santa Catarina, mas também possa espelhar outras unidades da federação no Brasil. Isso até ser um processo de pesquisa aplicada", explica a coordenadora da Fundação Getúlio Vargas, Baiena Souto, durante o ato de . "O desejo de como vai ser Santa Catarina em 2070 tem que partir obviamente dos atores aqui envolvidos", finaliza.

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